Pessoas com doenças do intestino estão mais suscetíveis à depressãoDesequilíbrio no intestino pode causar Parkinson, segundo estudos brasileiros
Os pesquisadores analisaram amostras fecais de 85 pessoas. Ao separar os participantes em dois grupos — um com os que mostraram extrair mais energia dos alimentos e outro com os que extraíam menos —, os cientistas observaram que os membros do grupo que extraía mais energia nesse processo pesavam 10% a mais do que os membros do outro grupo, numa média de nove quilos de diferença. Além do microbioma, o grupo também estudou o tempo de trânsito intestinal, que igualmente mostrou um papel importante no ganho de peso: um menor tempo de trânsito intestinal pode resultar na extração de mais energia dos alimentos. “Nós pensamos que um longo tempo de viagem digestiva permitiria que mais energia fosse extraída, mas vemos que os participantes com bactérias intestinais do tipo B, que extraem mais energia, também podem ter uma passagem mais rápida pelo sistema gastrointestinal”, afirmam os autores do estudo. Segundo a equipe, nossas bactérias intestinais serem ótimas para extrair energia dos alimentos é algo positivo, pois o processo fornece energia extra ao indivíduo. Entretanto, se consumirmos mais do que queimamos, a energia extra fornecida pelas bactérias aumenta o risco de ganho de peso. Os cientistas envolvidos no estudo estão confiantes de que existe, sim, uma relação direta entre a energia extraída dos alimentos e determinadas bactérias presentes no intestino, mas ainda é cedo para afirmar que pessoas com uma maior população destas bactérias específicas engordam mais facilmente. Mais pesquisas são necessárias para confirmar (ou refutar) essa hipótese. Fonte: Microbiome, University of Copenhagen