Executiva da Huawei pode pegar 30 anos de prisão por fraudeHuawei não deve mais lançar smartphones no Brasil em parceria com a Positivo
Filha do fundador Ren Zhengfei, Wanzhou foi presa no Canadá a pedido dos Estados Unidos no dia 1º de dezembro, no aeroporto de Vancouver. Ela havia partido de Hong Kong e tentava seguir para o México. Os americanos acusam Wanzhou de participar de uma conspiração para fraudar instituições financeiras por meio de uma empresa de Hong Kong chamada Skycom. Os Estados Unidos sustentam que Wanzhou se aproveitou da Skycom, empresa da qual seria integrante do conselho, para trabalhar com o Irã entre 2009 e 2014. A Skycom, que seria uma subsidiária da Huawei, teria negociado a venda de equipamentos da HP com o Irã. Além disso, bancos americanos seriam usados para que a empresa recebesse o dinheiro do Irã.
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Como parte do acordo com a justiça, Wanzhou deverá permanecer na província da Colúmbia Britânica, no Canadá. Ela não poderá sair entre 23h e 6h de uma de suas casas, avaliada em US$ 5,6 milhões. A CFO também precisará entregar seu passaporte às autoridades e ficará sob constante vigilância com uma tornozeleira eletrônica.
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O presidente Donald Trump diz que pode intervir no caso de Wanzhou caso isso sirva aos interesses nacionais, acrescentando que ainda não recebeu nenhum telefonema do presidente chinês Xi Jinping. A China, por meio de seus veículos controlados pelo governo, vem publicando editoriais acusando os Estados Unidos de desrespeitarem leis internacionais, relembrando o caso do assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi. A Huawei afirma que segue todas as leis aplicáveis em todos os países em que opera, respeitando os controles de exportação e sanções comerciais das Nações Unidas, Estados Unidos e União Europeia, e aguarda uma solução para o caso. Com informações: The Verge, TechCrunch, Reuters.