Entre os dados estariam histórico de transações via cartões, hábitos de compras e saldos de contas. Em troca, as instituições bancárias poderiam aproveitar a plataforma do Facebook Messenger para aumentar a oferta de serviços e, assim, ampliar os volumes de negócios. O Facebook diz que não é bem assim. A companhia reconhece que tem procurado bancos, mas nega que esteja pedindo a eles dados específicos de transações financeiras realizadas por usuários. Ainda de acordo com o Facebook, o objetivo é apenas fechar parcerias para aumentar o uso de chatbots no Messenger ou permitir que os usuários usem a sua conta na rede social para consultas ou operações simples.
Como usar a conversa secreta do Messenger e encriptar os dadosComo usar o Messenger sem Facebook
Fontes próximas ao plano dizem que bancos como JPMorgan Chase, Citigroup e Wells Fargo já foram procurados pelo Facebook e que, de fato, a companhia ofereceu a eles a plataforma do Messenger para atendimento aos usuários. Os clientes poderiam, por exemplo, solicitar ao chatbot do banco saldo da conta ou reportar fraudes. Não é de hoje que o Facebook tenta fazer o Messenger ser muito mais que uma ferramenta para mensagens instantâneas. Esses esforços já permitem que empresas de várias partes do mundo ofereceram suporte ou promovam serviços por meio da plataforma, por exemplo.
Com relação a transações financeiras, o próprio Facebook afirma ter parcerias com operadoras de cartões de crédito e serviços de pagamento. O exemplo mais notável, provavelmente, é o do PayPal: usuários da empresa em mais de 40 países podem receber comprovantes de transações no Facebook Messenger. Agora, o Facebook se esforça para levar esse tipo de serviço a grandes bancos nos Estados Unidos, mas está tendo dificuldades. Isso porque o desconfiômetro está ligado desde o caso Cambridge Analytica. Embora a companhia negue ter outras intenções, existe o temor de vazamentos ou de que dados bancários sejam usados para, entre outros fins possíveis, exibição de anúncios direcionados. Teoricamente, anúncios direcionados podem trazer algum tipo de retorno aos bancos, mas essas instituições, por tratarem de dados tão sensíveis, não querem ter seus nomes associados a uma plataforma tão “queimada” no quesito privacidade. Até agora, nenhum dos grandes bancos norte-americanos aceitou a proposta do Facebook, pelo o que se sabe. Mas, com alguns deles, as conversações continuam. Com informações: The Verge, TechCrunch.