Os temores sobre o que poderia acontecer com o GitHub depois de sua aquisição pela Microsoft não são injustificados. Tomemos como exemplo o Skype, que está em segundo plano há anos. Hoje, a Microsoft prioriza o Teams para chamadas de vídeo. O GitHub é o lar de uma infinidade de projetos de software. Estamos falando não só de um repositório online de códigos, mas de uma comunidade que envolve desde programadores iniciantes a desenvolvedores muito experientes. Por conta disso, a Microsoft não poderia ser descuidada com a plataforma. E não foi.
Receita anual de US$ 1 bilhão
A Microsoft desembolsou US$ 7,5 bilhões pelo GitHub. Na época, a plataforma tinha uma receita anual de US$ 200-300 milhões, explica o TechCrunch. Hoje, esse número chega a US$ 1 bilhão, como você já sabe. O temor de que a Microsoft desfavorecesse projetos de código aberto ou diminuísse os recursos gratuitos da plataforma geraram um movimento de migração para serviços similares, como o GitLab e o BitBucket. Mas nada disso aconteceu. Na verdade, o GitHub só cresceu. Na época da compra, o repositório tinha 28 milhões de usuários ativos. Em uma videoconferência sobre o relatório financeiro da Microsoft no último trimestre, Satya Nadella, CEO da Microsoft, comemorou o número três vezes maior:
O GitHub continua sendo o GitHub
Às vezes, eu até esqueço que a Microsoft é dona do GitHub. O nome da companhia não aparece nem no rodapé do site da plataforma. A razão disso é que a companhia optou, sabiamente, em deixar o GitHub caminhar com os próprios pés. Mais de 90 milhões de pessoas agora usam o serviço para desenvolver software para qualquer nuvem, em qualquer plataforma. De 2018 para cá, a plataforma expandiu a quantidade de recursos oferecidos aos seus usuários. São exemplos recentes o lançamento do GitHub Desktop 3.0 e do GitHub Copilot, ainda que este último tenha enfrentado algumas polêmicas. Também foi possível notar um esforço de expansão internacional do GitHub. Um bom exemplo é a chegada do programa de apoio financeiro GitHub Sponsors ao Brasil. CEO do GitHub, Thomas Dohmke dá a entender que a Microsoft não pretende mudar de postura: