Microsoft completa compra do GitHub por US$ 7,5 bilhões
Para você ter ideia, a Red Hat teve receita de US$ 2,4 bilhões em 2017. Tudo indica que, em 2018, a arrecadação será maior. Mas não foram esses números que convenceram a IBM a desembolsar um montante tão alto. Sem nunca deixar de promover software de código aberto — com o Linux aparecendo como base —, a Red Hat completou 25 anos em 2018 como uma referência para soluções corporativas baseadas nas nuvens. É nesse segmento que a IBM está de olho. IBM e Red Hat são parcerias operacionais há muitos anos, portanto, nenhuma das duas está pisando em território desconhecido. Não é difícil encontrar datacenters baseados em soluções da IBM, mas que rodam o Red Hat Enterprise Linux como sistema operacional dos servidores, só para dar um exemplo. Mas ainda há muito espaço para crescer. Ginni Rometty, CEO da IBM, explica que a maioria das empresas têm hoje não mais do que 20% de seus sistemas baseados nas nuvens. Existe intenção de aumentar essa porcentagem, mas a natureza fechada de muitas soluções é, não raramente, um empecilho para a migração por conta da preocupação com aspectos como segurança e desempenho. A expectativa é a de que softwares de código aberto consigam cobrir essa lacuna, especialmente no que diz respeito a soluções híbridas, ou seja, que combinam sistemas locais com as nuvens. Para a IBM, os softwares da Red Hat são estratégicos para atender a essa demanda. Essa é a principal razão para a aquisição.
Em comunicado conjunto, IBM e Red Hat informaram que o negócio já foi aprovado pelas diretorias de ambas as empresas. Nos próximos meses, o acordo será analisado por acionistas e reguladores de mercado. Se tudo der certo, a compra será concluída até o segundo semestre de 2019. Aos que se preocupam com um possível desmantelamento da Red Hat, a IBM tratou de deixar claro que a companhia de software continuará existindo e manterá seu foco em código aberto. Quando o negócio tiver sido concluído, a Red Hat será uma unidade integrada à Hybrid Cloud, divisão da IBM que, hoje, tem valor estimado em US$ 19 bilhões. Os escritórios serão mantidos e, pelo menos até o momento, nenhuma das partes falou em demissões. Com informações: TechCrunch.