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A informação foi publicada inicialmente pela Folha de S.Paulo e confirmada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública ao Tecnoblog. O ministro percebeu algo de errado quando recebeu uma ligação que indicava ser de seu próprio número. Ele atendeu, mas não havia ninguém do outro lado.
Logo depois, Moro foi informado de que alguém estava enviando mensagens por ele no Telegram. O aplicativo continuou sendo usado ao menos até 1h de quarta-feira (5). A pasta afirma que o ministro não usava o Telegram “há uns dois anos”. O caso está sendo investigado pela Polícia Federal e pelo setor de tecnologia do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que ajuda a apurar de onde ocorreu o roubo. A situação volta a levantar dúvidas sobre a segurança cibernética do governo de Jair Bolsonaro. Em fevereiro, a Folha de S.Paulo revelou que o presidente costuma usar WhatsApp, Twitter e Facebook para se comunicar com sua equipe. O presidente envia mensagens relacionadas ao governo a partir de um celular comum. Isso porque o TCS (Terminal de Comunicação Segura), celular oferecido pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência) não permite a instalação desses aplicativos. O aparelho tem um serviço de mensagens que só pode ser usado com equipamentos parecidos. No entanto, ele não é considerado tão prático quanto o WhatsApp, por exemplo. O receio de alguns integrantes do governo é que informações sensíveis sejam colocadas em risco por conta da falta de segurança de aplicativos comuns. Esta não é a primeira vez o alto escalão de um governo brasileiro sofre com o roubo de linhas. Em março de 2018, no governo de Michel Temer, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Carlos Marun (Secretaria de Governo) tiveram suas contas em aplicativos de mensagens invadidas. Elas foram usadas para pedir empréstimos a contatos dos ministros. O golpe pedia depósitos em uma conta do Banco do Brasil em São Luís, no Maranhão. Depois de serem informados sobre o que estava acontecendo, Padilha e Marun cancelaram suas linhas. A conta foi bloqueada e, em julho, duas pessoas foram presas sob suspeita de participação no crime.