Relatório da ESA revela preocupação com o acúmulo de lixo espacial em órbitaA Terra poderá ter anéis de lixo espacial ao seu redor, alerta cientista
Com esse projeto, a Outpost pretende trazer de volta equipamentos abandonados no espaço, tais como satélites aposentados e experimentos científicos já finalizados da Estação Espacial Internacional (ISS). E o conceito já está atraindo potenciais parceiros comerciais e investidores. A NASA, que tem muitos motivos para se preocupar com o problema do lixo espacial, concedeu à Outpost um contrato para colaborar com o desenvolvimento do projeto em sua fase inicial. O objetivo da NASA é, especificamente, trazer de volta ao planeta a carga útil da ISS, que já se acumula há décadas na estação orbital. Hoje em dia, não há mais tempo útil para resgatar esse lixo usando espaçonaves, então a esperança de limpar a órbita terrestre acaba ficando com as novas tecnologias de empresas privadas, como a Outpost. Para realizar a missão, a empresa quer adaptar um de seus projetos atuais, chamado Earth Return Ferry — um satélite reutilizável que se propõe a levar experimentos de seus clientes, como as agências espaciais, e trazê-los de volta. A adaptação recebeu o nome de Cargo Ferry, que será capaz de trazer cargas de estações espaciais, como a ISS, de volta à Terra. A empresa promete que o veículo estará pronto muito antes de a ISS se aposentar em 2030. Cargas maiores devem ser transportadas em naves como a Dragon, da SpaceX. A grande vantagem do Cargo Ferry, no entanto, é o baixo custo e a capacidade de coletar pequenos objetos com grande eficácia. No caso do lixo espacial, o Cargo Ferry buscará os satélites em órbita com um pequeno veículo e, depois, v ai conduzi-los pela atmosfera por meio de um parapente (uma espécie de paraquedas pequeno) em velocidades subsônicas. Assim, o pouso será suave. Além disso, o Cargo Ferry terá proteção para que o equipamento resgatado não queime ao reentrar na atmosfera. A Outpost também pretende enviar seus satélites reutilizáveis para implantação e, em seguida, “pescar” os satélites antigos ou desativados para limpar a órbita terrestre. Essas ideias ainda estão no estágio de testes iniciais, mas a Outpost parece estar empenhada para colocá-las em prática no mercado. A empresa recentemente levantou US$ 7 milhões em um financiamento inicial, aumentando sua equipe de 2 para 14 funcionários. Fonte: Outpost Technologies