Quem precisa de internet via satélite?Veja os planos de internet via satélite que existem no Brasil
O primeiro envio de satélites da Starlink chegou no dia 28 de fevereiro, quando a Ucrânia passava por dificuldades com o sinal de rede devido à interrupção de serviços terrestres. Musk disse que a conexão da subsidiária da SpaceX é a única em operação nas áreas de conflito que não é russa, o que significa que ela pode virar um alvo por parte dos invasores. O pesquisador de telecomunicações, John Scott-Railton, aponta que os militares da Rússia podem rastrear a localização das antenas da Starlink e enviar mísseis ou caças de bombardeio. A Rússia tem décadas de experiência triangulando sinais de rede, como concluiu o especialista. A guerra no leste europeu pôs a prova o sistema de comunicações terrestres da Ucrânia. As intensas batalhas em cidades como Kiev (capital) e Mariupol fizeram com que os serviços da GigaTrans, maior operadora do país, ficassem instáveis. A ONG NetBlocks registrou diversas oscilações da internet na Ucrânia.
Elon Musk diz que bloqueio só ocorre “sob mira de arma”
Apesar de fornecer internet via satélite à Ucrânia, Elon Musk diz que não vai impedir canais da mídia estatal da Rússia de usarem internet da Starlink. O bilionário escreveu em seu Twitter: O ministro das Comunicações do Brasil, Fábio Faria, publicou em seu perfil um print com a mensagem de Musk traduzida em português, endossando a postura do bilionário. O político já se encontrou com o fundador da Tesla e da SpaceX. Ao ser questionado por um usuário sobre os veículos russos transmitirem propaganda pró-Kremlin da guerra, o bilionário respondeu: “todos os veículos de notícia fazem propaganda, alguns mais do que outros”. A posição de Musk faz com que a Starlink fique isolada da crescente lista de companhias ocidentais de tecnologia que bloquearam a mídia estatal russa de suas plataformas. Na semana passada, a União Europeia obrigou YouTube e Facebook a suspenderem as contas do Russia Today (RT) e Sputnik, duas agências de notícias russas. Segundo a UE, os veículos estão sendo usados para espalhar fake news que “justificam a guerra de Putin”. Outras empresas de tecnologia também tomaram medidas em forma de paralisações: as fabricantes Apple e Samsung, por exemplo, interromperam vendas de seus produtos no país. Apple Pay e Google Pay não funcionam mais com cartões emitidos por bancos russos, enquanto o Paypal suspendeu pagamentos de sua plataforma na Rússia. Com informações: Engadget [1], [2]