Na própria rede social, o Twitter informou que “a verificação era para significar identidade e voz, mas é interpretada como um endosso ou indicador de importância”. A empresa reconhece que “criou essa confusão e precisa resolvê-la”. Um executivo do Twitter comentou ainda que as pessoas “confundem verificação de identidade com endosso”.
Como nota o The Next Web, o Twitter informava em um artigo de suporte que a verificação “ajudava os usuários a descobrirem fontes de informação de alta qualidade”. A versão atual do texto não inclui mais essa frase: diz apenas que “uma conta pode ser verificada se for determinado que é uma conta de interesse público”, ressaltando que o selo “não implica em aprovação pelo Twitter”. O que fazer, então? Um usuário sugere tornar o processo transparente: “enquanto [a verificação] for uma caixa preta e arbitrária, parece um selo de aprovação”. Outro recomenda “permitir que qualquer um opcionalmente verifique sua identidade”. De fato, o Twitter nem tinha um sistema para solicitar verificações; a rede social informava que “verifica contas proativamente e não aceita solicitações do grande público”. Enquanto o Twitter estuda a questão, nenhuma conta nova receberá o selo azul. Quando um usuário é verificado, ele é seguido automaticamente por uma conta oficial do Twitter; atualmente existem 287 mil contas verificadas seguidas entre os 330 milhões de usuários ativos mensais da rede social.