Tem uma pegadinha na hora de deletar sua conta do Yahoo
Essa prática não acabou. Na verdade, o Yahoo Mail analisa recibos de compra para provar que uma campanha publicitária convenceu seus usuários a adquirir determinado produto.
Yahoo usa seus interesses para anúncios em outros sites
O Yahoo foi combinado com a AOL após sua aquisição pela operadora americana Verizon; elas formam uma nova empresa chamada Oath. A Oath analisa mensagens do Yahoo Mail e AOL Mail para criar perfis de interesse dos usuários. Por exemplo, quem recebe muitos e-mails sobre dirigir para o Uber é classificado como “funcionário autônomo”. Quem comprou muitas passagens de avião no último ano é rotulado como “viajante frequente”. Quem recebe confirmações de corretagem online é marcado como “investidor”. Esse perfil de interesse é usado pela Oath para segmentar anúncios vistos em toda a web. Isso vai além do que o Google fazia até o ano passado: a empresa diz que analisava e-mails para direcionar anúncios apenas dentro do Gmail, não na web em geral.
Yahoo Mail escaneia mensagens mesmo se você pagar
No ano passado, o Google anunciou que o Gmail para consumidores “não será usado nem escaneado para personalização de anúncios”. As propagandas são direcionadas usando outros sinais, como seu histórico de buscas e de navegação. No Yahoo Mail, suas mensagens são escaneadas mesmo que você pague pela versão sem anúncios — é preciso desativar isso manualmente nas configurações. (O Gmail diz que nunca analisou e-mails de usuários pagos.) E uma nova política de privacidade, que entrou em vigor em abril, permite que funcionários leiam seus e-mails: “podemos analisar manualmente certas comunicações comerciais”. (O Google se envolveu em uma polêmica semelhante, por permitir que seu e-mail seja lido por humanos em serviços de terceiros.) Você já deletou sua conta do Yahoo? A empresa sofreu um ataque em 2013 que afetou mais de 3 bilhões de contas, e demorou anos para confirmar isso. Ela também criou ferramentas para a NSA espionar mensagens do Yahoo Mail. Com informações: Wall Street Journal.